sexta-feira, 4 de outubro de 2013

ADOÇÃO DA NINA

Nós dois, eu e o meu marido, somos atuantes na proteção animal, fazemos nosso trabalho de formiguinha alimentando um ou outro, aqui e ali, cuidando, castrando, pagamos lar temporário e vamos fazendo isso com muito amor e carinho. Longe, muito longe de querer nos comparar com aquelas pessoas que dedicam a vida a isso. 


Sempre vamos a Pirenópolis, cidade que fica a mais ou menos 100 km de Brasília, amamos o jeito simples do lugar, o charme das casinhas, o ar da cidade em si nos faz sempre muito bem. 


Numa dessas idas a Pirenópolis, passamos o dia inteiro e ao cair da tarde, partimos para Brasilia. Paramos no caminho em um supermercado, quase na saída da cidade. Bem na entrada, no caminho das pessoas, lá estava ela, uma filhotinha de SRD, toda pintadinha, linda. Eu, claro, parei p fazer carinho imaginando que pertencesse a alguém que entrou para fazer compras. Ela não reagiu aos meus carinhos, estranhei o relaxamento excessivo, respiração distante. Tentei coloca-la de pé, mas ela não ficou. Aproximou-se um funcionário do mercado e disse "Senhora, ela não fica de pé, eu acho que foi atropelada. Chegou se arrastando hoje aqui, estava na calçada, mas com o cair da noite, fugindo do frio, entrou aqui e caiu aí no chão. Vai fechar daqui a pouco e eu vou ter que colocar na rua de novo". Quem me conhece um pouco sabe que essa última frase jamais me permitiria seguir em frente. 

Olhei para o Marcelo que acenou positivamente com a cabeça. Peguei-a no colo. Ainda não reagia.

No caminho, chegou a abrir os olhos, mas estava nitidamente muito fraca. Paramos em um posto de gasolina e compramos água para ela. Bebeu tanto que engasgava a todo instante. Bebeu muito! assustadoramente muito. 

No carro, agora já se aninhava no me colo, já respirava melhor. 

Chegando em casa, colocamos a bebezinha em um cantinho bem quente, demos comida pra filhote, comeu demais! agora ela já se levantava, já brincava, incrível a mudança!

No dia seguinte ficou no veterinário o dia inteiro, tomou banho terapeutico, fez exames, tudo que tinha direito. Estava ótima, era linda...e, segundo o veterinário, tinha apenas 3 meses.



Tentamos conseguir adotante para ela, mas fomos tão criteriosos que não encontramos e, um mês depois, decidimos ficar com ela (a única adotante possível, desistiu). A Nina tem pavor de rua, tem pavor de pessoas, tem pavor de tudo que não seja eu, Marcelo, nossos outros cães e nossa casa. 

A Nina destrói tudo, cava tudo, é uma filhote imensa! está crescendo muito, a cada dia, tanto que decidimos que ficaria fora enquanto não estivessemos em casa, compramos uma casinha linda, grande e confortável e ela passa o dia na área externa, gastanto energia. Quando chegamos, a Nina reencontra os irmãos e é aquela farra! risos

Ah, meus outros cachorrinhos amam a Nina, embora percam por vezes a paciência com o jeito dela de brincar sem parar! kkk

A Nina veio encher nossa casa de alegria, de mais amor, de energia! Nunca nos arrependemos por te-la resgatado, por ter cuidado dela e, mais ainda, por ter decidido ficar com ela diante do tamanho do medo que tem do mundo, diante da imensidão da confiança que deposita em nós. 

Minha Nina, mais um tesouro de 4 patinhas que Deus me deu de presente! 

Não siga adiante deixando para trás o sofrimento, faça diferente, faça a diferença, pois, cada vez que ignoramos um ser que sofre, a alma do mundo enfraquece... Não compre animais ajudando a alimentar um comércio macabro em que matrizes são exploradas e maltratadas até a exaustão. Abra o seu coração para o amor que não conhece raça...


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

7 ANOS DEPOIS...

E foi há exatos sete anos que marquei encontro com a felicidade. De início ela veio tímida, sem saber se queria ficar, a falta de costume de ser tão feliz quase faz com que nós dois a jogássemos fora... de início, não sabíamos como lidar com aquilo que começava a se formar entre nós. Um grande e intenso amor. 

O tempo passou e a vida se encarregou de nos dar vales e picos em momentos certos, situações que nos moldaram, que nos fizeram crescer, amadurecer e acima de tudo, que nos ensinaram a saber cuidar desse sentimento tão rico, tão nobre. 

Marcelo é hoje uma pessoa fundamental, essencial, indispensável. Engana-se quem acha que isso seja dependência, isso significa atingir um estágio de companheirismo que poucas vezes no mundo pode acontecer entre duas pessoas que decidem dividir a vida. Marcelo é meu amigo, meu amor, meu amante, minha paixão... é nele que penso em todas as decisões que tomo, é para ele que eu ligo no meio do dia para contar todas as novidades mesmo sabendo que à noite estaremos juntos e é dele a voz suave do outro lado da linha, numa hora inesperada, que diz 'liguei só pra dizer que amo muito você'. O seu amor me emociona, me move, me ilumina, me faz ter vontade de ser todos os dias uma pessoa melhor.

Eu te amo! é isso, te amo! te amo, meu amor, porque você me faz feliz como nunca pensei ser possível, te amo porque você é meu apoio, meu norte, meu bálsamo, minha alegria, amo seu jeito palhacinho que me faz rir o tempo inteiro, até no meio de uma briga, quando estou possessa com alguma coisa, mesmo assim, você consegue me arrancar uma gargalhada, amo a sua forma de fazer piada com tudo, com você a vida é mais leve, mais bonita... 

Há sete anos e um dia eu era metade e não sabia...






quinta-feira, 5 de setembro de 2013

ADOÇÃO DO VITÓRIO

Eu não era fã de cachorros, quem me conhece desde pequena inclusive sabe que eu tinha um medo insano deles. Aos 29 anos conheci meu marido. Marcelo sempre foi louco por cães, mas, como a maioria das pessoas, não tinha sequer noção da existência de abrigos para animais, resgates de animais de rua, etc. Ele então me convenceu a comprar um Cocker, compramos o Johnnie em uma feira numa praia próxima a Salvador. Aquele trocinho aos poucos me derreteu, amava-o como meses atrás acharia impossível!

Uns dois anos depois, estava olhando minha caixa de e-mails quando me deparei com um pedido de ajuda enviado por uma amiga para uma cadelinha de rua que estava com um tumor imenso na mama. Pasmem! descobri que além do meu charmoso e dengadissimo Cocker existiam uma infinidade de cães lá fora com pouquíssimas possibilidades de ser feliz! isso me corroeu por dentro. Como se adivinhasse que o momento era propício, meu menininho subiu no sofá e deitou-se no meu colo. Desabei.

Comecei então uma luta incansável para conseguir o dinheiro da cirurgia da She-ra, consegui reunir uma quantia valiosa e enviei à Ciça, minha amiga e protetora dedicada na minha cidade. She-ra foi operada mas pouco depois não resistiu e virou estrelinha. Assim, comecei a me tornar protetora de animais.

À época, a febre era o orkut, saí adicionando abrigos, protetores, queria muito entrar naquele universo que parecia já me pertencer completamente. Numa dessas consultas, visitando a página do Abrigo São Francisco de Assis, em Salvador, eu e meu marido vimos uma foto que nos congelou... o título do álbum era VITÓRIO PRECISA DE UM LAR. A foto que nos fez apaixonar, segue abaixo: 


Como morávamos em um apartamento pequeno e já tinhamos o johnnie, decidimos conhece-lo primeiro, ir ajudando com ração até ver se de fato seria melhor pra ele vir morar conosco e se o nosso filhotinho aceitaria o Vitorio. Fomos até o LT onde ele estava e ficamos ainda mais apaixonados, ele era um cachorro diferente, extremamente assustado com a aproximação de pessoas. Foi atropelado duas vezes, não tinha um canino e a orelhinha direita, havia colocado diversos pinos na patinha dianteira esquerda. Ele não nos deu muita importância, tinha medo de nós assim como de todas as pessoas. Passamos a assumir a ração dele, iamos vista-lo toda semana. Um belo dia decidimos leva-lo pra casa e tentar a adaptação com o Johnnie, inicialmente não deu muito certo, mas decidimos insistir. Fomos ficando com o Vivi, ficando, ficando... Ele foi se transformando e ficou assim:


Dengoso, carinhoso, despojado, safado! risos 

Finalmente decidimos vir morar em Brasilia e, lógico, trouxemos nossos dois filhos. Vitório estava há um ano conosco. No terceiro dia aqui ele teve uma crise de tosse (por conta dessa tosse nós já havíamos feito exames cardíacos nele e não havia problemas), a crise foi aumentando, aumentando e começamos a ficar desesperados, sem saber nem onde levá-lo, saímos feito doidos e fomos bater numa clínica na Asa Sul, ele já estava desacordado, eu gritava na porta da clínica feito doida "por favor, salvem meu cachorro", entramos, já eram 22 horas, em poucos minutos o veterinário nos deu a triste notícia da morte dele. Estenose de traqueia. Era isso que hoje supomos que ele tinha. 

Hoje fica a sensação maravilhosa de tê-lo feito feliz por pelo menos um ano da triste vidinha dele, a consciência de que só fizemos bem a ele, de que foi tratado como um rei, levaremos para sempre como algo incrivelmente positivo. Ainda hoje choramos ao ver fotos, ao falar nele, ainda agora estou chorando por lembrar desse anjo... 




segunda-feira, 2 de setembro de 2013

PENA DE VIDA

Inúmeras discussões acerca da redução da maioridade penal no Brasil dividem opiniões. Sem querer encher linguiça e discorrer sobre todas as correntes, gostaria de falar sobre como eu vejo a questão da criminalidade de uma maneira geral. Por que falar sobre isso? sei lá, deu vontade.

A atual idade para que alguém possa ser classificado como capaz de entender seus atos em sua plenitude foi instituída em 1940, época em que o Brasil ainda era basicamente rural, assim como tantas coisas (95% delas - número cabalístico) foram mudando ao longo desses 73 anos, o comportamento das pessoas, a forma como se relacionam, seus valores, suas crenças, suas vontades, tudo isso também mudou, e muito!

Há vinte anos eu tinha 16. Vendo o comportamento das pessoas de 16 anos hoje, percebo claramente a gritante diferença. Na minha época ainda se agia com ingenuidade, hoje não. A Barbie naquele tempo só era abandonada lá pros 13 anos, situação hoje inimaginável!

Entendam que não enxergo a redução como solução à criminalidade, mas como componente precioso para alcança-la.

Educação, este sim seria um investimento salvador! 

Quantos seres humanos poderiam ter tido a possibilidade de serem bons se tivessem uma única oportunidade? 

Trabalhei por algum tempo com portadores do HIV carentes e acabava por ajudar também os não portadores, vizinhos, parentes e igualmente miseráveis. Via crianças que já nasciam em meio a barracos sujos, mal cheirosos, constantemente submetidas a situações humilhantes, degradantes, sem qualquer acesso ao mundo mágico das crianças da classe média, nada que possa ser comparado entre os dois mundos. Muito fácil ser bom tendo nascido em condições de sê-lo... 



Muito nítido para mim perceber que não há como julgar pessoas que nascem sem que nada as inspire bondade, digo mais, nós nunca saberemos o que todas estas pessoas seriam se o mundo lhes sorrisse em forma de oportunidades. 

Escolas profissionalizantes poderiam transformar prostitutas em costureiras, assaltantes em estofadores, drogados em encanadores, poderiam transformar a vida das pessoas. Como eu gostaria de ver investido dessa forma o dinheiro dos meus impostos!

Enquanto isso, enquanto nada é feito, enquanto nem uma palha for movida, continuaremos vivendo com medo, preocupados em comprar imóveis cercados por aparatos de segurança, preocupados em parar para sacar dinheiro à noite (a qualquer hora, na verdade), preocupados com nossos filhos onde quer que estejam (quando estão longe de nós), com todos aqueles que amamos porque até em um estacionamento de um shopping center pode estar o algoz do nosso destino. 

Difícil demais ser um ser humano de bem quando a própria existência é a sentença...


domingo, 4 de agosto de 2013

FÃ DO CHICO

Costumo dizer que sou fã sem ser fanática, do tipo que até respiraria de forma mais acelerada pela proximidade com o ser objeto de admiração, mas jamais gritaria por ele, por exemplo. 

Quanto à religião, sou Católica, por simpatia. Leio a Bíblia mas questiono muitas passagens, inclusive sem me sentir culpada, afinal é um livro escrito por homens e sem aval por assinatura de Jesus Cristo. Importante, sim. Incontestável? jamais! 

Ir à missa me faz muito bem, pactuo com muitos dos dogmas da igreja, entendo e apoio o celibato, etc.

Tudo isso para falar do Papa Francisco.



Gente, venhamos e convenhamos, o que é esse homem? virei fã!

Santos são pessoas que pelo exemplo de vida e dedicação a Deus, receberam uma espécie de menção honrosa da Igreja Católica, homenagem eterna. É assim que vejo o Francisco, um exemplo! 

Quem dera todos os católicos parassem para ouvi-lo... 80% dos que conheço não praticam um décimo do que ele prega, preferem fechar os ouvidos para suas lições de simplicidade, humanidade e amor ao próximo. Afinal, é muito mais cômodo.

Francisco é uma esperança real de salvação destas pobres almas que acreditam que bater ponto na missa ou acumular orações diárias, apenas isso, de forma isolada, servirá para alguma coisa. 

Quando achei que havia me surpreendido o suficiente com esse santo homem, ele diz esta pérola:  "Se uma pessoa é gay e ela procura a Deus, quem sou eu para julgá-la"

Quem somos nós? 

Respire fundo e, entre um terço e outro, pare para repensar a sua maneira de seguir a Cristo. 

Ave Francisco!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

O DIA EM QUE ENCONTREI UM ANJO

Eram idos de 2003, apareceu a oportunidade de transferência para uma agência do BB perto da minha casa, não hesitei. 

Salvador era o Gerente de Administração. Para quem não é do BB, esse cargo pertence a uma espécie de segundo Gerente Geral de uma agência. Eu tinha um ano de Banco e ele era meu chefe. De cara, gostei dele. Aparência distinta, sempre sorridente, fala clara, eloquente, educadíssimo. Carioca, boa praça, enfim, gostei dele e acho que simpatizou comigo também. 

O tempo foi passando e a "rádio corredor" da agência começava a me passar notícias de Salvador, as mais maldosas possíveis sobre as suas preferências sexuais. Eram comentários desagradáveis, toscos e o que é pior, comentários de quem nada tinha a ver com a sua vida. Comecei a imaginar como seria possível àquelas pessoas serem tão pequenas com aquele homem tão grandioso, sempre tão disposto a ajudar a todos, a fazer o bem...

Ainda não éramos necessariamente amigos, mas meu carinho por ele já era bem grande.

Um dia, depois de um problema pessoal um tanto grave, cheguei para trabalhar bastante mal. Eu estava realizando um trabalho interno, sentava em uma mesa ao lado da dele. Passados alguns minutos da minha chegada, ele se vira e pergunta: _ O que você tem? 

Desabei a chorar. Ele fechou a porta e puxou sua cadeira para perto da minha, segurou minhas mãos e ficou quieto, me vendo chorar. Respirei fundo e contei o que havia acontecido. Foi algo de fato grave. Ele providenciou absolutamente tudo que era possível, materialmente, para que meu problema fosse sanado, chamou um taxi e me mandou ir para casa. Saí dali fascinada por aquele ser humano, mais ainda... 

O tempo foi passando e nossa ligação foi ficando cada vez mais forte. Um dia, bebendo juntos, finalmente perguntei : _ Você é gay?    Ele, de pronto respondeu: _ Sim, eu sou. Engraçado como as pessoas preferem os murmurinhos, as piadas e as cogitações à verdade, o respeito... Minha indignação não era necessariamente pelas brincadeiras maldosas, mas por ser ele a pessoa que era... 

Como chefe, no entanto, era ultra exigente. Comigo, especialmente. Chegamos a brigar algumas vezes no trabalho. Um dia, cheguei e as minhas coisas estavam ensacadas com um papel grampeado onde estava escrito "favor arrumar esta bagunça - Salvador". Que raiva!! fui à sala dele e inquiri em tom firme porém magoadissimo: _ Por que você é tão rigoroso comigo? nem parece que somos tão amigos! e ele, com aqueles oclinhos charmosos na ponta do nariz, com a tranquilidade que lhe é peculiar: _ Já que resolveu ser minha amiga, não basta que seja boa, você tem que ser a melhor!     
Ele sabia que certas atitudes severas, profissionalmente, fariam para mim toda a diferença, para sempre!


Salvador aos poucos foi fazendo parte da minha vida de forma indissolúvel. Passamos a morar em prédios próximos, então o grude só aumentava, vivíamos juntos! nos meus piores momentos, eis que lá estava, colando meus caquinhos, nas alegrias, ele era a primeira pessoa de quem eu imaginava estar perto. Presenciei suas histórias tristes, suas vitórias, tentei ser para ele tudo que era para mim, mas quando se trata de Salvador, do meu amigo/anjo, tudo se torna menor... 

Resolvi me batizar na Igreja Católica há 4 anos, não podia escolher um padrinho melhor!

Hoje eu moro em Brasilia e ele, em Salvador. Lembro que quando vim morar aqui, ele me disse uma frase profética "com o tempo a distância mostrará seus verdadeiros amigos". Como ele consegue sempre estar certo? 

Usei os verbos no passado não porque o sentimento ou a amizade ficaram no passado, mas porque infelizmente, hoje, o grude teve que ficar, estamos a alguns vários quilômetros de distância e, apesar de nos falarmos tanto por telefone, de nos vermos sempre que estou lá,  não é a mesma coisa, a saudade é imensa, mas o mais importante disso tudo é que a amizade não diminuiu, a nossa amizade, ao contrário de quase todas as demais, permaneceu intacta!

Tentei falar dele, tentei resumir um ser humano gigantesco... que pretensão! Salvador é muito maior que todas as palavras possam ousar explicar. AMIGO, no sentido mais amplo da palavra... 

( AMO-TE, MEU QUERIDO, PARA SEMPRE )


domingo, 26 de maio de 2013

SER TIA

Que não quero ser mãe é algo público e notório, já largamente divulgado, mas, antes que todos imaginem que não quero porque não gosto de crianças, quero falar do quanto as amo, e mais ainda, do quanto eu amo ser tia!

Fui tia a primeira vez aos 3 anos, minha irmã do meio foi mãe adolescente, e assim, Sandro acabou crescendo como um irmão.

Aos 7 fui tia de Naila, aos 10 e 11, Nasser e Suane, respectivamente. 

Agora estou experimentando a maravilhosa sensação de ser TIA AVÓ! que coisa mais maravilhosa... primeiro foi Netinho, hoje com quase 6 anos, depois Ana Júlia, minha princesa linda de apenas dois meses, ainda conto com mais uma chegada para os próximos dias, Melina. Ô coisa boa é ser tia tantas vezes! 

Mas por que não ser mãe se amo tanto essas criaturinhas? a minha clássica resposta é - GOSTO DE TER PRA QUEM DEVOLVER - risos. Seríssimo! eu amo os sorrisos, amo os afagos, o cheirinho... não que não os ame nos choros, nas febres, nas noites insones, mas não tenho vontade de lidar com isso, não quero ser eu a responsável por calar, por sarar, por estar acordada uma noite inteira... em alguns momentos, sim, podem contar comigo para tais momentos, mas precisar estar responsável por 100% deles é que não me agrada, me assusta! 

Em resumo, sou uma tia muito apaixonada, não conseguiria imaginar como teria sido a vida se minhas duas irmãs tivessem optado por não serem mães, como estou fazendo. UFA! ainda bem que não o fizeram! 

Sandro, Naila, Nasser e Suane, meus tesouros mais que preciosos! 

Neto, Ana Júlia e Melina, pedras preciosas na minha existência...